
A busca por maior autonomia e redução de custos é um desafio constante na indústria automotiva. A General Motors (GM) apresenta uma inovação que pode transformar esse cenário: as baterias LMR, ou “lítio com alto teor de manganês”. Desenvolvidas em parceria com a LG Energy Solution, essas baterias prometem superar limitações anteriores, como menor longevidade e perda de capacidade ao longo do tempo.
A colaboração entre GM e LG resultou na criação da Ultium Cells, uma joint venture dedicada ao desenvolvimento dessa tecnologia. O processo de aperfeiçoamento incluiu novas formulações químicas, componentes com revestimentos especiais e melhorias na fabricação, tornando as baterias LMR uma opção viável e promissora para o futuro dos veículos elétricos.
O que torna as baterias LMR diferentes?
As baterias LMR se destacam por sua composição química única. Enquanto as baterias tradicionais contêm cerca de 85% de níquel, 10% de manganês e 5% de cobalto, as LMR possuem 35% de níquel, 65% de manganês e uma pequena quantidade de cobalto. Essa mudança é significativa, pois o manganês é um elemento mais abundante e de menor custo, resultando em baterias mais acessíveis.
Além disso, a nova tecnologia oferece um aumento de 33% na capacidade energética em comparação com as baterias LFP (lítio-ferro-fosfato), amplamente utilizadas em modelos elétricos mais econômicos. Isso significa que os veículos equipados com baterias LMR terão maior autonomia e poderão ser oferecidos a preços mais competitivos.
Como as baterias LMR impactarão o mercado de veículos elétricos?
As baterias LMR são chamadas de “prismáticas” devido ao seu formato retangular, que permite reduzir em 75% o número de peças do módulo da bateria e em 50% os componentes de todo o sistema. Essa configuração facilita a criação de packs maiores, uma vantagem significativa na fabricação de SUVs e picapes grandes.

Embora ainda não estejam sendo produzidas comercialmente, as baterias LMR têm potencial para revolucionar o mercado de veículos elétricos. A GM planeja iniciar a produção em série em 2028, com o objetivo de equipar as próximas gerações de seus veículos elétricos com essa tecnologia inovadora.
Quais foram os desafios e avanços no desenvolvimento das baterias LMR?
O desenvolvimento das baterias LMR foi um processo longo e desafiador. As pesquisas começaram em 2015, mas foi a partir de 2020 que o projeto ganhou impulso significativo. Até o final de 2024, centenas de protótipos de células prismáticas foram testados, abrangendo diversos formatos e tamanhos. No total, os testes realizados equivalem a 2,2 milhões de quilômetros rodados, demonstrando o compromisso da GM em garantir a eficácia e a segurança dessa nova tecnologia.
Com a introdução das baterias LMR, a General Motors está posicionada para liderar uma nova era de inovação no setor automotivo, oferecendo soluções mais eficientes e sustentáveis para os consumidores. À medida que a produção em série se aproxima, o mercado aguarda ansiosamente para ver como essa tecnologia transformará a experiência dos veículos elétricos nos próximos anos.
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