
Mesmo orientado a evitar aglomerações por conta do estado de saúde, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em vídeo enviado a apoiadores e publicado nas redes sociais, que pretende participar da manifestação marcada para esta quarta-feira (7), em Brasília. O ato defende a anistia dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Eu pretendo estar lá também e participar no início dessa caminhada e estou com muita saudade de vê-los nesse momento. Até lá, se Deus quiser”, afirma o ex-presidente em trecho do vídeo.
A manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, foi classificada por Bolsonaro como uma “caminhada pacífica pela anistia humanitária”. Ele recebeu alta hospitalar no domingo, 4, e segue sob recomendação médica para manter-se afastado de grandes eventos públicos.
Qual é o risco da presença de Bolsonaro no ato?
Segundo os médicos que o atenderam, ainda há riscos relacionados a infecções e à recuperação clínica. Eles pediram que Bolsonaro evitasse aglomerações até que seu quadro esteja totalmente estabilizado.
“A recomendação de evitar aglomeração até pelo risco de infecções, ficar mais resguardado, né? Como vocês acompanharam pelos boletins, as intercorrências que ocorreram, todas foram solucionadas. A parte da pressão arterial foi muito bem controlada, a inflamação do fígado que ocorreu também foi totalmente controlada”, disse o cardiologista Leandro Echenique no fim de semana.
Também confirmaram presença no ato a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que preside o PL Mulher, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
Esplanada terá reforço no policiamento
A concentração começará na Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Eixo Monumental. Os manifestantes seguirão até a Avenida José Sarney, na Esplanada dos Ministérios, com chegada prevista para as 17h, em frente ao Congresso Nacional.
A segurança pública do Distrito Federal será reforçada. A Polícia Militar acompanhará toda a passeata e determinou que os participantes não ultrapassem as áreas próximas à sede do Legislativo.
Barreiras foram instaladas para proteger o Congresso. Haverá policiamento ostensivo nos arredores do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), além do apoio da cavalaria e do Batalhão de Choque, caso haja necessidade de intervenção.
Ver essa foto no Instagram
Leia também: Bolsonaro não seria o primeiro ex-presidente punido por tentativa de golpe