em meio à guerra comercial

Trump promete revisar acordos comerciais nas próximas semanas

Em nova escalada da disputa comercial, o presidente Donald Trump voltou a insinuar a possibilidade de reabrir negociações com os chineses.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Crédito: depositphotos.com / Tennessee

Em nova escalada da disputa comercial entre Estados Unidos e China, o presidente Donald Trump voltou a insinuar a possibilidade de reabrir negociações com os chineses. Em declaração nesta terça-feira (6), ele afirmou que Pequim estaria interessada em retomar o diálogo. “Eles querem negociar, e querem uma reunião”, disse o republicano. “Vamos nos encontrar com eles no momento certo.”

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A sinalização ocorre após o governo norte-americano impor tarifas de até 145% sobre produtos chineses. Em resposta, os asiáticos anunciaram alíquotas de até 125% sobre itens dos EUA. O embate comercial, iniciado no primeiro mandato de Trump, tem gerado tensões contínuas entre as duas maiores economias do mundo.

China nega, mas conversa?

Apesar das declarações de Trump, autoridades chinesas negaram repetidamente qualquer iniciativa de negociação. No fim de abril, o governo chinês afirmou que o presidente dos EUA deveria “parar de criar confusão”. Em novo posicionamento, o Ministério do Comércio da China declarou que analisa uma proposta norte-americana para retomar as conversas.

“Recentemente, os EUA tomaram a iniciativa de transmitir informações à China por meio de canais apropriados, expressando o desejo de iniciar conversas”, afirmou o ministério. “A China está atualmente avaliando essa proposta.”

A pasta condicionou a retomada do diálogo a gestos concretos dos EUA: “demonstrar sinceridade”, o que incluiria “corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais”.

Quais acordos estão na mira de Trump?

Além do impasse com a China, Trump afirmou que avaliará, nas próximas semanas, o andamento de outros acordos comerciais em negociação. O presidente sinalizou que pode tomar decisões sobre essas propostas em um curto prazo, com resultados previstos para os próximos quinze dias.

As falas ocorreram antes de uma reunião com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney. O encontro reabriu discussões sobre o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), firmado durante o mandato de Trump e com validade prevista até o ano que vem.

Apesar de negar a intenção de prorrogar o tratado, o republicano admitiu a possibilidade de ajustes: “se isso é mesmo necessário”, afirmou. Já Carney destacou que o texto “é uma base para uma negociação mais ampla” e indicou que “algumas partes dele terão que mudar”.

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